Na época de nossos avós e bisavós era muito comum encontrar plantas medicinais e aromáticas nos jardins. Dificilmente uma casa não tinha um quintal repleto de ervas utilizadas como temperos, chás e remédios. Hoje, ao andarmos pela rua, vemos grandes casas sem nenhuma área verde ou jardins forrados apenas com gramas e plantas ornamentais. A cultura dos raizeiros, índios e outros povos ligados à natureza não é mais tão conhecida pela sociedade como naquela época. Para muitos, ela fica restrita apenas a aulas e livros de história.

O dia a dia corrido, a intensa busca por satisfação profissional e a diminuição do tamanho das moradias são, em grande parte, responsáveis pelo esquecimento da prática de cultivar seu próprio alimento e utilizar ervas para a culinária e medicina. Apesar disso, uma parcela significativa da população está retomando essa cultura de ter e manter um jardim produtivo em casa ao perceber que a prática melhora a saúde física e mental. Inúmeros grupos de terapia ocupacional a utilizam como tratamento. A horta terapêutica tem sido implementada em diversos centros de tratamentos mentais e psicossociais, em casas de repouso para idosos e em penitenciárias.

Nos últimos anos, a cidade de São Paulo tem vivido uma crescente onda de discussões para a implantação de práticas de cultivo em escolas municipais e espaços públicos. Os movimentos Muda-SP, Hortelões Urbanos e Horta das Corujas são exemplos dessa busca por melhor qualidade de vida e soluções para a utilização dos espaços. Os benefícios de atividades ligadas à terra e ao plantio são inúmeros e qualquer pessoa pode realizá-las em casa. A criação de uma horta e o contato direto com a terra faz com que a pessoa se sinta útil para si e para as pessoas com quem se relaciona. Preparar e revolver o solo, semear e esperar a planta completar seu ciclo envolve paciência e concentração são virtudes que diminuem a ansiedade e o estresse do cotidiano.

Um jardim terapêutico pode ser entendido como um lugar orientado para a natureza dentro de casa ou ao ar livre com um potencial de tratamento ou reabilitação. É um refúgio em que o impulso básico para o contato com a natureza pode ser cumprido. Um estudo realizado com três mulheres diagnosticadas com câncer de mama revelou que atividades regulares de jardinagem as ajudavam a escapar das preocupações referentes à doença e a se sentirem renovadas para enfrentá-lo novamente, caso retorna-se.

Ter sempre à mão temperos, hortaliças e frutas frescas auxilia na diminuição do consumo de alimentos industrializados, ricos em compostos prejudiciais à saúde, como os conservantes e o sódio. Além de diminuirmos a ingestão destes produtos, melhoramos o valor nutricional das refeições ao usarmos vegetais frescos e saudáveis vindos diretamente da horta, ou seja, também auxilia na manutenção diária da sua imunidade. As atividades de jardinagem aprimoram a condição física, como o fortalecimento de músculos, ossos e imunidade, assim como nas atividades motoras (coordenação), visto que algumas etapas, como semeadura, poda e colheita, exigem movimentos finos e precisos.

Mexer na terra também é antidepressivo, visto que na terra mora uma bactéria, a Mycobacterium vaccae, a qual em contato com nosso corpo é capaz de aumentar a nossa produção de serotonina, o chamado hormônio da felicidade. Por conta disso, o ato de jardinar também é ansiolítico, ou seja, minimiza o estresse.

O último grande benefício de ter uma horta em casa é a economia, pois ela é capaz de reduzir consideravelmente o orçamento mensal de uma família. Nos primeiros meses de criação dos espaços de plantio, os gastos serão maiores que as economias, mas, em alguns meses, a horta se tornará sustentável e necessitará de menor aplicação financeira.

Então, bora para o jardim!! Ele sempre será seu aliado, hoje e sempre!!!

 

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