Finalmente temos ele: estragão francês

Quem nos conhece sabe que amamos as ervas aromáticas clássicas e o estragão (Artemisia dracunculus) é uma delas, porém há muitos anos tentamos cultivar sem muito sucesso. Já tivemos algumas vezes ele em nosso viveiro, porém sempre que fazíamos mudas ele ficava sem seu incrível aroma anisado. No último ano, nosso querido amigo e parceiro Guilherme Ranieri (Matos de Comer) nos deu um lindo matrizeiro aromático e conseguimos fazer mudas dele e essas mudas estão com seu aroma fidedigno! Enfim conseguimos!

Muito do fato de não conseguirmos mudas de estragão aromáticas é que na maioria das vezes havíamos cultivado o estragão-russo, o qual é menos aromático que o francês. Este que temos agora é o francês. 

Mas afinal quem é ele? O estragão-francês é uma das ervas do Mediterrâneo, um clássico na culinária francesa. A planta é herbácea, perene e de folhas pontiagudas (alguns confundem com o alecrim), as quais possuem aroma e sabor levemente anisado, amargo e “apimentado”. É da mesma família botânica que a losna/absisnto (Artemisia absinthium). 

O epíteto dracunculus significa dragão em latim e ele leva esse nome devido ao formato de suas raízes, as quais seriam parecidas com um dragão. Na Antiguidade, acreditava-se que plantas que continham formatos similares a esta criatura eram muito úteis para tratamento de picadas de animais venenosos.

Desenvolve-se melhor em climas temperados e subtropicais, porém é possível tê-lo em climas tropicais. Prefere terra leve, bem drenada e sem acumulo de água, mantenha-a sempre levemente úmida, sem excessos. Pode ser cultivado em vasos, desde que tenham acima de 25 cm de altura, ou canteiros.