Mayra Dias
©Denise Lindorfer
©Denise Lindorfer

Você sabia que existem mais de 10.000 tipos de arroz, 1.300 tipos de abóbora e milhares de tipos diferentes de feijão? Me pergunto o por quê de nos limitarmos a apenas uma ou duas variedades desses grãos e legumes em nossa alimentação diária.

Preparar nosso prato com diversidade de grãos, verduras e legumes, além de proporcionar o prazer de novos sabores e cores em nossa alimentação, é a certeza de melhor nutrição e saúde. De acordo com a FAO (Agência para Agricultura e Alimentação da ONU), nos últimos 100 anos houve a redução de 10.000 para 170 espécies vegetais utilizadas cotidianamente na alimentação humana, vivemos em paralelo o desaparecimento de muitas dessas espécies e variedades, base do sustento da vida.

A diversidade não é apenas sinônimo de saúde, é o que assegura a continuidade da vida no planeta, e nós estamos diretamente relacionados com a manutenção desta biodiversidade. Algumas espécies vegetais que se extinguiram, ou que correm riscos de extinção, deixaram aos poucos de estar em nossas mesas, deixaram de ser cultivadas e, em seu lugar, escolhemos cultivar apenas as mais “produtivas”, ganhamos em quantidade de produção e perdemos em qualidade de nutrição.  Sementes selecionadas e guardadas a gerações, que garantem a continuidade da qualidade de nossa alimentação, estão se perdendo e com isso se vai também nossa história natural e cultural.

As sementes carregam em si a essência da vida, o alimento que nos sustenta, são organismos vivos que expressam a generosidade e a abundância da natureza e do planeta Terra, nossa grande riqueza. Somos semeadores por natureza, disto depende nossa sobrevivência, podemos continuar semeando em qualquer lugar, bastam sementes, luz, terra, água, e eu adicionaria a esta lista um pouquinho de técnica e fé, acompanhar o processo de germinação é trazer um tanto da beleza e magia da vida para perto de nós.

Semear, coletar, guardar, compartilhar e cuidar de nossas sementes é reconectar-se com nossa essência e nosso papel na grande teia da vida, ato de confiança e amor tão necessário nos dias de hoje.

*Dia 05/03/16 (10h00 – 12h00), a geógrafa Mayra Dias ministrará uma Oficina inédita de sementeira aqui no viveiro. Serão dadas muitas dicas importantes para você ter sucesso na germinação. Não percam, a próxima data será apenas para o segundo semestre! Inscrições (11) 2631-4915. 

Av. Nadir Dias de Figueiredo, 395 – Vila Maria, São Paulo
(11) 2631-4915
sabordefazenda@sabordefazenda.com.br

 

A Sabor de Fazenda oferece ainda ideias originais para presentes e uma linha completa de acessórios para jardinagem, livros, substrato, adubos orgânicos variados e muito mais!

Comentários (1)

  1. A perda de biodiversidade é um problema sério. Quando surge algum tipo de praga ou doença, as plantações todas ficam em risco ao mesmo tempo, pois todas têm plantas muito similares. No caso da banana, é ainda pior, já que todas são “clones” umas das outras, devido a elas só se reproduzirem por brotamento…

    Eu pensando nisto, comecei a usar 3 tipos de feijão nas minhas refeições, simultaneamente: preto, vermelho, e carioca. Eu misturo os grãos em iguais proporções dentro do compartimento onde os guardo. Porém, isso não faz taaaaanta diferença assim, já que são os mesmos 3 tipos que se encontra em qualquer lugar. Mas acho que 3 já é melhor do que apenas 1, né?

    Eu compro de um produtor local, não-orgânico, então os 3 têm o mesmo preço. Arroz é algo que no futuro acho conveniente substituir, já que vem do Rio Grande do Sul até Minas Gerais. Não traz muita segurança alimentar consumir um produto vindo de tão longe, pois pode ocorrer uma crise do petróleo, ou uma greve de caminhoneiros, e então eu me veria em apuros para conseguir comida.

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