Hortelã-da-ribeira (Mentha cervina), uma hortelã/menta pouco conhecida no Brasil, porém comum em Portugal. Por lá também é chamada de alecrim-do-rio, erva-peixeira, hortelã-crespa, hortelã-dos-campo, hortelã-dos-pântanos e menta-peixeira. É nativa da Península Ibérica, Norte de África e Sul da França, crescendo espontaneamente em áreas alagadas e com corrente. Antigamente era muito utilizada na culinária portuguesa para temperar peixes, porém hoje em dia sua utilização na gastronomia é reduzida e restrita a determinadas regiões, como no Algarve.
Botânica
Seu aroma é similar as demais mentas, principalmente à Mentha piperita, porém seu porte e formato são bem diferentes. Apresenta porte similar ao do poejo (Mentha pulegium), atingindo no máximo 20 cm de altura. Suas folhas são bem menores e mais finas assemelhando-se as do alecrim, por isso seu nome popular alecrim-do-rio. Suas flores brancas surgem surgem na Primavera/Verão e são de coloração branca. O cultivo é semelhante ao de seus parentes, solo úmido e rico em matéria orgânica e sol pleno ou meia sombra.
Utilização
Possui uso culinário, assim como as demais hortelãs, combinando muito bem com pratos a base de peixe, principalmente fritos, e também sendo base para o preparo de ensopados, molhos, arroz, saladas, queijos, sucos e muito mais. Pode-se utilizar no preparo de infusões aromáticas. Possui ação digestiva, tônica estomacal, carminativa e antioxidante.
Curiosidade
Seus óleos essenciais apresentam a capacidade de afastar roedores. Por isso, pode-se fazer sachês de erva com ela para colocar em locais que tenham a presença indesejada deles. O cultivo em canteiro também possui certo poder em afasta-los do jardim.