Gabi Pastro, herbalista
O gênero Hibiscus é enorme e abriga desde plantas ornamentais até as fitoterápicas, como os que irei dar mais ênfase. Um exemplo é o Hibiscus rosa-sinensis, muito comum na ornamentação de jardins tropicais, o qual também tem usos culinários (é uma Planta Alimentícia não Convencional – PANC), porém ainda é pouco difundido seu consumo. Não o temos a venda.
Dentro da fitoterapia e da culinária, a espécie mais comum Hibiscus sabdariffa, a qual possui caules, ramos, cálices florais e bordas e nervuras das folhas na coloração roxa-avermelhada. Suas folhas são, em sua maior área, verdes e suas flores na tonalidade creme.
Quem nos segue no facebook (se você não segue, siga-nos aqui) sabe que temos aqui no viveiro um novo tipo de hibisco, o hibisco roxo (Hibiscus acetosella). Fora do Brasil ele é tipicamente chamado de hibisco cranberry, devido sua estrutura inteira ter cor similar à frutinha cranberry. As diferenças básicas de ambas estão no formato das folhas, maiores e mais recortadas, no maior porte e na coloração completamente roxa-avermelha dessa espécie roxa.
Já tivemos por aqui um terceiro tipo, o kenaf (Hibiscus cannabinus), o qual leva esse nome por ter folhas em um formato similar à Cannabis sativa. Suas folhas são verdes por completo e apenas a flor é roxa.
Os três últimos possuem usos culinários similares, ou seja, podemos consumir suas folhas como um tempero ou seus cálices florais na forma de infusão. A escolha de qual plantar irá é muito mais relacionada à estética e ao espaço que se tem, o hibisco roxo é o de maior porte (pode atingir 3 m de altura), seguindo pelo hibisco comum e depois pelo kenaf.