Com o inverno chegando e os dias se tornando mais curtos, surgem problemas relacionados à falta de sol. Tratando-se de ervas e temperos, a exposição direta à no mínimo 4-5 horas de sol diário é essencial. Dependendo da posição de nossa horta, com o passar das estações ela estará sujeita a uma variação muito grande de sol no decorrer dos dias e estações, qual poderá privá-la do sol em algum período ano.
Existem três sinais básicos que indicam que a planta está com falta de sol:
1. As folhas se tornam muito finas e frágeis. Podemos verificar isto ao toque ou quando as folhas estão contra a luz e podemos ver sua transparência.
2. Os ramos se tornam muito longos e com menor quantidade de folhas, podendo até se tornarem curvados nesta procura incessante pelo sol. Vejam na foto abaixo como nas partes mais novas dos galhos as folhas crescem mais espaçadamente ao longo dos ramos. Podemos perceber o momento exato em que a planta parou de receber sol suficiente.
Olhem na foto abaixo como o manjericão italiano está espigado, com um caule longo, ele só tem folhas nas áreas mais altas. Isto acontece porque a planta está tentando achar a luz do sol, ela investe em crescimento de altura ao invés de quantidade e qualidade das folhas.
3. As ervas se tornam menos aromáticas. Acabamos notando isto no pior momento, na hora de fazermos nosso delicioso chá ou quando vamos saborear nossos pratos.
Podemos minimizar estes problemas ao mudarmos temporariamente os vasos para locais ensolarados, se isto não for possível, podemos efetuar ações paliativas, como maneirar na rega, realizar adubações a cada 40 dias, fortalecer o solo, aplicando torta de nim, e fazer uma boa poda.
Quando vamos plantar uma muda através de sementes não podemos deixá-la sob sol direto, pois queimam muito facilmente. Porém, as sementes recém germinadas precisam de sol indireto, como através da presença de barreira de plástico, telha transparente ou tela de sombrite. A falta desta luminosidade solar também causa o estiramento das pequenas mudas (como na foto abaixo), com isto se tornam frágeis e acabam não chegando ao ponto de transplante.
No inverno estes problemas são mais intensos, pois temos apenas nove horas de luz solar (dependendo do local da horta até menos ainda que isto). Já durante o verão não temos este tipo de problema, pois chegamos a quinze horas diárias. Para saber quais os cuidados deve-se ter com a horta durante inverno, leia este post.
Referências bibliográficas:
Cânovas, R. 2008. Um Jardim para Sempre: Manual Prático para Manutenção de Jardins. São Paulo: Estação Liberdade. 152 pp.
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