Por Gabriela Pastro
Para cultivarmos nossa horta de acordo com o manejo ecológico é importante levarmos em conta que as plantas, o solo, o ar e os bichos da horta não são sistemas isolados, ou seja, o equilíbrio entre estes e outros fatores é que determinará o sucesso do plantio. Quanto mais equilibrado estiver este grande sistema menos intervenções teremos que fazer, economizando em manutenção, adubo e inseticidas naturais.
Um ponto importante para mantermos o equilíbrio jardim é priorizar a diversidade de espécies que cultivamos em uma mesma área. Isto fará com que menos pragas e doenças aparecem e propaguem. Portanto, o pulo do gato é o seguinte: plantas vizinhas devem pertencer a famílias botânicas diferentes, espalhando e distanciando plantas que sejam do mesmo grupo.
Por que fazer isto?
Geralmente, plantas com proximidade taxonômica (aparentadas) são suscetíveis as mesmas pragas e doenças. Por exemplo, as espécies da família Liliaceae, como alho, cebolinha e cebola, são propensas a infestações de pulgões. Outro exemplo, que vai além do parentesco de família, é o das variedades de manjericões (Ocimum basilicum) quais são suscetíveis às larvas minadoras.
Agora imagine se você cultivar estas espécies bem próximas e uma delas apresentar sinal de praga e doença, o que acontece depois? Em poucos dias as vizinhas também apresentarão os mesmos sintomas. Se a planta vizinha não tiver propensão àquela praga ou doença, isto não propagará e a horta ficará livre da infestação.
Além de prevenirem as infestações, a diversidade de espécies propicia uma interação favorável na horta, o companheirismo. De modo geral, as plantas consideradas companheiras são de famílias distintas, como alface e cenoura e salsinha e tomate, e por isto utilizam os recursos de forma diferente. Esta interação permite que elas se ajudem mutuamente, auxiliando na ocupação do solo e utilização dos nutrientes, água e luz.
Gostaram da dica!? 😉
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