Plantas tintoriais ou plantas tintórias são aquelas que possuem a capacidade de tingir algo, ou seja, de liberar cor. Apesar de parecer algo simples entender essas plantas, não é, pois requer um entendimento de química mais aprofundado. Por exemplo, nem todas as flores com suas lindas cores vivazes são tintoriais, o clássico exemplo é a lavanda/alfazema (Lavandula angustifolia), suas flores lilases intensas não tem a capacidade de passar essa “tinta” para um alimento, tecido ou papel. Então já sabe, viu algo de lavanda, tipo um sorvete, e ele é lilás com certeza é corante que tem ali! Os setores alimentícios e têxteis já conhecem esses poderes corantes das plantas há muito tempo, claro que hoje em dia a maioria das cores que vemos neles são sintéticas, mas elas tiveram como “ancestrais” as cores e pigmentos naturais.
Enquanto umas não liberam suas cores, outras liberam cores completamente diferentes do que são quando frescas. Um ótimo exemplo é o crajiru (já falamos dele aqui), uma erva medicinal de folhas verdes que quando preparada uma infusão oferece um líquido vermelho vivo lindíssimo.
Para as plantas cada cor traz um benefício, por exemplo, o vermelho das antocianinas muito presentes nos brotos de uma roseira e brácteas de um hibisco (Hibiscus sabdariffa) são um verdadeiro protetor solar natural, evitando que a planta sofra estresse com o excesso de raios UV. Já para nós, humanos, essas plantas oferecem poderes medicinais diferentes, cada grupo de pigmento um benefício, mas também usos práticos no dia-a-dia, como elaboração de pratos, drinques e chás coloridos, possibilidade de tingimento natural e impressão botânica em tecidos e papéis e até mesmo criação de tintas naturais.
Confira 3 das Plantas Tintoriais que produzimos mudas em nosso viveiro:
- Crajiru (Fridericia chica): suas folhas verdes ofertam um líquido vermelho intenso, quando colocadas em água ou álcool. Podemos utilizar esse preparado para criar chás, tintas naturais, tingimento ou impressão botânica (foto abaixo) em tecido ou papel.
- Cúrcuma (Curcuma longa): seus rizomas de tom laranja terroso são ótimos para dar cor a pratos (foto abaixo) e tecidos e criação de tinta de pintar natural.
- Feijão borboleta (Clitoria ternatea): o pigmento azul de suas flores são facilmente liberados em água, podendo ser usado para a colorir chás, drinques, pratos e até mesmo para tingir naturalmente um tecido. E quando adicionamos algo ácido (por exemplo, limão) nesse líquido ele fica com cor púrpura (foto abaixo)! Porém seu pigmento é instável, não vai bem em todo tipo de base. Saiba mais sobre ele aqui.
Aprenda a fazer tingimento natural e impressão botânica com flores, folhas e outras partes de plantas tintoriais na Oficina Fazendo Arte com Plantas que acontecerá dia 25 de fevereiro das 9h30 às 13h30 em nosso viveiro. Saiba mais e inscreva-se aqui.
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