Sete-sangrias (Cuphea carthagenensis) é uma herbácea nativa da América do Sul, cresce espontaneamente em áreas impactadas, como cultivos de monocultura. No Brasil, concentra-se principalmente nas regiões Sudeste e Sul, porém pode ser encontrada em todo o território brasileiro. Por muitos agricultores é considerada uma planta invasora, porém na medicina popular tem um valor muito grande. Também é conhecida como guanxuma-vermelha, erva-de-sangue e pé-de-pinto.
Seu comportamento é anual, ou seja, depois que floresce libera sementes e morre. Atinge entre 20 a 40 cm de altura, sendo uma planta ereta e pouco ramificada, alguns podem confundi-la com uma hortelã-pimenta (Mentha piperita). Plantas adultas apresentam o caule avermelhado. Suas flores são lilases, agrupam-se em 2 a 4 nas ramificações foliares e surgem nos meses de Inverno, principalmente entre junho e julho.
Leva o nome sete-sangrias devido ao fato de tratar febres intermitentes e disenterias graves. Por alguns pode ser confundida com outra espécie, a Symplocos platyphylla, conhecida como sete-sangrias-de-árvore. Tem propriedades anti-hipertensiva, anti-inflamatória, antisséptica, hipolipemiante, antiespasmódica, emenagoga, diurética e depurativa. Devido sua intensidade de ação, deve apenas ser consumida através de prescrição médica.
Seu cultivo é simples, prefere solos mais arenosos (incorpore um pouco de areia no vaso ou canteiro que irá plantá-la) e úmidos.
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Escrito por Gabi Pastro
Herbalista do Viveiro Sabor de Fazenda