Por Gabi Pastro

Você já ouviu falar em jardim tintório? O conceito nada mais é do que um jardim (ou horta) que possui plantas corantes, ou seja, espécies capazes de colorir alimentos ou outros produtos, como tecidos.

O conceito não é nada novo, por exemplo, os monges do sudeste da Ásia tingiam suas vestimentas com açafrão, as quais adquiriam uma coloração terrosa. Hoje esta técnica voltando a tona com nosso resgate  por tudo que é natural, orgânico e com menos impactos ambientais, afinal a industria de tecidos coloridos é responsável por um uso absurdo de água durante a fabricação, fora o uso de contaminantes.

Quero expor aqui para vocês algumas espécies que são viáveis ter em casa, em um pequeno espaço ensolarado, e podem ser usadas tanto para colorir nossas refeições como para tingir tecidos:

Cúrcuma (Curcuma longa): quem já manipulou um rizoma de cúrcuma (ou açafrão-da-terra) sabe a dificuldade de eliminar as manchas amareladas nas mãos. Um dos corantes mais potentes que podemos ter no nosso jardim. No Brasil, esta espécie e o urucum são chamadas de coloral e são amplamente usadas na culinária para dar cor àquelas comidas de coloração pálida.

Feijão-borboleta (Clitoria ternatea): planta trepadeira da família das leguminosas. Suas flores azuis dão uma infusão intensamente azulada, porém instável. Com mudança de pH, torna-se púrpura.

Hibisco (Hibiscus sabdariffa): quem nunca tomou ou viu uma infusão vermelhinha de hibisco? Ela já nos diz do seu potencial corante. Suas folhas, mas principalmente suas sépatas, são ricas em antocianinas, as quais são um tom intenso de vermelho.

Manjericão italiano roxo (Ocimum basilicum ‘Purpurascens’): suas folhas, diferentemente do manjericão-italiano comum, são apresentam antocianinas, entre outros pigmentos, os quais ofertam uma coloração entre o roxo intenso e azul. A infusão que pode variar entre o roxo-azulado e verde. No jardim, a coloração foliar é instável, pois alterações ambientais, como falta de sol, fazem suas folhas perderem o tom roxo e tornarem-se verdes.

Rabo-de-galo (Celosia argentea): de todas as espécies aqui apresentadas, talvez esta seja a menos conhecida como corante. Suas folhas e inflorescências possuem coloração que varia entre o roxo e rosa. Também é rica em antocianina e sua infusão oferece uma cor levemente rosada.

Urucum (Bixa orellana): este aqui também é forte conhecido nosso. Os índios usaram e ainda usam as sementes para tingimento da pele. Sua infusão oferece uma cor terrosa avermelhada à comidas e tecidos.


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Av. Nadir Dias de Figueiredo, 395 – Vila Maria, São Paulo
(11) 2631-4915
sabordefazenda@sabordefazenda.com.br
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